domingo, 2 de fevereiro de 2014

Um acontecimento.

O dia começou como todos os outros dias antes daquele, normal. Acordei fiz minhas tarefas domesticas, me arrumei , almocei e fui trabalhar como sempre fazia. O dia só não seria igual aos outros porque, havia marcado um encontro com duas amigas após o trabalho.
Quando Biatriz chegou na minha casa, inventei que iriamos atrás da outra amiga a minha vizinha que mora ao lado da minha casa, a mesma havia m e dito que estava na casa de outro amigo, e eu cismei que era para um lado e fiz Ana Biatriz andar em vão a procura de Carol, até  finalmente voltarmos para casa e encontrar-la na frente da casa dela que como já disse fica ao lado da minha. (Palmas Jaci) Clap clap !
Eu tive a brilhante ideia de irmos conversar em uma praça aqui do bairro que fica a uns 10 minutos mais ou menos da minha casa.
Lá estávamo-nos, conversando coisas do além, sobre tudo, sobre a banda, sobre idiotices, quando de repente atrás da gente e atrás das casas também uma luz forte brilhou e aí, eu pensei que era o apocalipse, um meteorito, sei lá, foi um clarão bem forte e depois de uns 2s tudo ficou escuro.
Estávamos sentadas na praça e eu no meio das duas, rapidamente agarrei a mão de ambas e levantei e falei:
 - precisamos voltar pra casa agora.
Era quase um grito de desespero, mas contido. Todas em pé, e eu imaginado como faríamos para atravessar essa escuridão de quase 22hr da noite numa praça onde havia muitos moleques por perto, ia pregar peça na gente no mínimo, não vamos desesperar, vamos correr para casa, quero me teletransportar, magina um assalto no escuro, o que eles podem levar? Quero nem pensar.
Ai Carol falou:
-Vamos pela rua B (que é a rua central do meu bairro a mais movimentada)
E eu :
- Você tem certeza que lá é o melhor caminho?
-Claro bê, vamos.
Nisso Bia sem conhecer o bairro direito, primeira noite dela nele e nessas circunstancias, o pânico deveria está tomando a cabeça dela, mas ela só esperava nos decidimos, isso tudo muito rápido, fomos pela rua B.
Eu grudada na mão das duas, nunca soltei na verdade, quer dizer não tinha soltado até jogarem um copo em nossa direção no meio da rua escura, iluminada apenas as vezes por carros de passagem, e Carol soltou minha mão, deu um pulo quase caiu e saiu correndo na frente, eu queria fazer o mesmo, mas Biatriz Ana , achava que a gente tinha que desfilar e como disse a Carol, ela queria esperar , os talheres , os pratos e a louça toda ser arremessada na nossa direção, meu senso de companheirismo me impediu de larga-la naquela situação , mas eu tentei correr puxando Biatriz pelo braço.
- Calma Jaci, não corre oxe, se não é pior. Dizia ela.
- Não corre como Bia? Como será pior , vamos ficar aqui e esperar o que? Corre Bia por favor.
- Não.
Mas nisso eu arrastei ela o quanto pude, até de novo sermos nos 3, eu grudada novamente na mão das duas.
Minha casa nunca esteve tão distante de mim, foi uma viagem que parecia não ter fim, no meio da rua havia vários meninos de molecagem, grupinhos de meninos por vezes mal encarados que nos assustavam só o simples fato da presença deles ali.

Corriamos até chegar finalmente em casa, aos trancos e barrancos, nem sabemos o que foi aquele clarão, nem porque faltou luz no bairro todo, mas isso nos deu uma história, um bocado de risada, depois descobrimos que a minha “Linda” vizinha Carol havia sonhando mais ou menos com isso e coisas mais loucas, sentamos na frente da minha casa e ficamos ali rindo e rindo, até mandarem a gente parar de fazer barulho com o violão e depois mandarem a gente entrar. Foi uma noite curta e boa, daquelas que fazem a barriga doer de tanto ri.